domingo, 22 de novembro de 2020

O Homem concebe o desejo, razão, vício e virtude para se sobrepor aos Deuses e animais.


O texto amplo e bem profundo de Aristóteles demonstra e eterna luta do Homem entre equilibrar sua existência dentro de uma realidade evolutiva e sensível à supremacia de sua espécie. Se delimitarmos as perspectivas humanas à não existência e tão somente à satisfação dos prazeres, incondicionalmente, regrediríamos às ações primitivas e grotescas dos primórdios. Por isso, o Homem, detendo essa carga genética através dos tempos, reluta desde seus primórdios contra seus próprios instintos básicos e violentos, na busca de ordenar sua existência em algo que lhe permita sentir-se bem consigo mesmo e com sua coletividade, pois isso demonstra que existe progresso nas suas relações essenciais de vida e de perpetuação da sua própria espécie. Isso é instintual, pois, caso não o fosse, iria contrariar a premissa básica do Homem, que é sua existência, sobrevivência e reprodução. O desdobramento desses conflitos entre desejo e razão demanda as mais variadas concepções de compreensão do Homem para consigo mesmo. Livre arbítrio, Leis, Crenças, Psicanálise, Psicologia, Filosofia e uma infinidade de ciências e políticas existem para a formatação do Homem enquanto ser comportamental para se ajustar numa realidade que busca à uma evolução e existência perpetuadas, aliadas à sublimação de ideais e de vontades, transmitindo aos seus descendentes, conduzindo-os para uma existência pacífica, duradoura, digna e que possa exaltar concepção do Belo e do Sublime infinitamente em sua própria existência.

terça-feira, 27 de outubro de 2020

O Ceticismo é consequência da alma.

Bom dia Prof., em uma primeira análise acredito que o ceticismo objetivado por descartes foi bem sucedido se analisarmos todo o contexto Tempo-Espaço em que ele viveu. Me parece que o ceticismo é uma condição imbuída na própria essência de seu pensamento, vez que ao aplicarmos a dúvida hiperbólica na reflexão de nossa existência chegaremos ao ponto máximo que ele chegou que é a própria ideia do EU, que é a alma e, uma vez que a alma é a última fronteira ao desconhecido ela se tornará aí uma espécie de dízima periódica da dúvida pois, se o desconhecido é a próxima idéia a ser submetida ao crivo do método e, por sua vez o método é o questionamento de sí mesmo através da dúvida hiperbólica teremos o questionamento do desconhecido por completo e, por consequência se até o desconhecido é uma questão de dúvida, o ceticismo será abrangente a tal ponto de que em nada cremos ou em nada comprovamos sua atestação final. Eu mesmo estou cético de que essa ideia possa ser aceita por completo pois não consigo submeter minha reflexão à alguma coisa após a alma. Talvez se eu aceitar a ideia de uma espécie de energia racional inteligente despegada da matéria, eu possa aceitar uma nova reflexão e um novo início para submeter-me ao método e à dúvida hiperbólica. O problema é que aí deixa de existir o mundo sensorial e eu ficaria tão somente convencido de ideias trancadas dentro de meu próprio EU, ou de minha própria existência.