sábado, 13 de fevereiro de 2021

Burgueses sem religião, Comunistas com Coca-Cola.



No texto “Uma vida de exercícios: a antropotécnica de Peter Sloterdijk” escrito por Franz J. Brüseke e publicado na REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - VOL. 26 N° 75 pg. 163-174, lemos que: 
Sloterdijk afirma que as prisões e outras instituições de vigilância repressiva não são o lugar central da produção do homem moderno, mas sim as escolas, as universidades, as oficinas e os ateliês artísticos. Aqui acontece uma verdadeira ortopedia humana formando com todos os meios da antropotécnica uma nova juventude. Os homens da modernidade adicionavam ao experimentalismo ascético da antiguidade o experimentalismo técnico e artístico e, mais tarde, a partir da Revolução Francesa, o experimentalismo político, que deveria encontrar no comunismo soviético e chinês seu apogeu. A vita activa, na modernidade emergente, deveria substituir gradativamente a vita contemplativa, inserindo como consequência do trabalho industrial o trabalhador no mundo. Este é resultado, como os outros que se exercitam, dos efeitos retroativos do seu próprio trabalho. Pois, o projeto da modernidade vai além. Surge com ele a “personalidade”, interessada na melhoria permanente da sua performance.

Contra argumento: Prisões e instituições de vigilância repressiva nada tem a ver com educação. Tem a ver com ressocialização daqueles que se comportam fora da regra normativa imposta pelo Estado, que é o instituto que rege as normas de pacificação e convivência harmônica na sociedade, ou seja, a Lei. Ao passo que a disciplina contesta o etnocentrismo existente ela também se comporta de forma etnocêntrica ao entender que somente a percepção do mundo, do ponto de vista sociológico, será capaz de formar o homem moderno. A concepção científica e filosófica para formulação de diagnósticos passa, antes de tudo, pela capacidade multicultural de aceitação ou não daquela concepção, sob pena de se impor uma cultura. Porém, essa mesma cultura possuidora de liberdade de existir em qualquer âmbito ou qualquer esfera do globo exerce seu poder de influência e difusão, sob pena de sucumbir em sua própria existência. Assim, se cria o novo conflito e, por sua vez, o conflito tem que ser pacificado pela renegada tese do senso comum, o qual é definido pela aceitação da opinião da maioria. Contudo esse aceitação do consenso dito pela maioria se torna novamente um fator etnocêntrico posto que teremos uma liberdade cultural suprimida em razão de uma normatização de conduta que a afasta por força da convenção democrática. A idéia de Peter Sloterdijk se mostra tão utópica quanto a  utopia do comunismo Marxista e sua implementação. As experiências fracassadas na experiência Russa e do Leste Europeu provam que as boas idéias e contemporaneidade necessitam de um processo lento e gradual de experiência e maturidade adquiridas através do consenso da Filosofia do Direito e sua adequação à norma. A experiência Chinesa corrobora essa afirmação ao exibir um pós-moderno e bizarro modelo híbrido de consumo capitalista e governo totalitário comunista, onde se possui liberdade econômica para gerir a economia estatal comunista mas ao mesmo tempo há o cerceamento do pensamento e da liberdade de expressão sob força impositiva de um Estado soberano que vigia e cerceia a cultura em todos seus níveis. O advento contemporâneo da acessibilidade de informação permite ao homem moderno coexistir com sua realidade material e introspectiva ao mesmo tempo em que se correlaciona com a cultura global. O relativismo se direciona ao indivíduo enquanto ser único e soberano de seu EU avaliador. Por sua vez, o relativismo cultural se transmuta em um infinito cosmos de concepções e mesclas de todo conhecimento que se adquire e se distribui diariamente. O papel da escola nesse contexto é servir como facilitador na compreensão da diversidade existente e como se estruturar um raciocínio produtivo a partir do acesso à toda essa base de informação. Os dogmas e conceitos disciplinares estão em profunda mutação e transformação quase que diariamente. Somente uma educação centrada na difusão ampla e irrestrita da informação pode ser concebida como um formato de ensino não repressivo. A base civilizatória formada até os dias de hoje passará por um processo de reformulação de conceitos de aprendizado naturalmente, de acordo com o dia a dia do mundo e de seus avanços. Qualquer imposição visando aceleração do método de ensino ou de sua concepção elementar pode acarretar uma fragilização na cadeia estrutural do ensino e causar retrocesso no padrão educacional. 


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

A PRIMEIRA CRÍTICA A GENTE NUNCA ESQUECE!



Como já postei aqui. Lancei meu primeiro ebook e estou fazendo o caminho analógico e básico para divulgar e formar meu público. Mas, algumas coisas são regras universais, seja no campo analógico ou digital. E a crítica é uma delas. Seja positiva ou negativa, eis que reafirmo. A primeira crítica a gente nunca esquece! Principalmente se for de um escritor que a gente respeita. Conheço a seriedade do escritor Walter Zanatta. Sei que se fosse para eu mudar de ramo ele diria de imediato. Por isso sua crítica me estimula e encoraja. Essa é uma ação que aconselho para quem está iniciando. Submeta seu ebook a crítica de escritores sérios, exigentes e profissionais. Você só tem a ganhar com isso. Você agrega valor com aquilo que acertou e adquire experiência com os conselhos sobre o que pode melhorar. Segue a crítica do escritor Walter Zanatta sobre meu primeiro ebook:

Sejam bem-vindos a Codogno. Nada a ver com Macondo, se bem que nesta narrativa repleta de simbolismo, determinadas passagens flertam com o realismo fantástico. Embarquem numa navecleta invocada, o meio de transporte ultramoderno que os levará a uma ficção científica das mais atribuladas. Badulaques chineses servem para tudo, vocês verão. Se há uma palavra que combina com este conto, é surpresa. O lado humano se choca com o fantasioso, alternando a frenética aventura com os sentimentos de uma família abalada por problemas bem atuais. Quanto às figuras mitológicas que desprendem de um amplo concreto cinzento, interprete cada um a seu modo. A boa literatura permite variedade de interpretações e não merece ser digerida como “fast food”. Merece ser repensada. -Walter Zanatta JuniorAdquira seu exemplar gratuito no KDP AMAZON. Segue o link:  https://amzn.to/3bOQvjJ

03 coisas (além do Elon Musk) que Julio Verne previu neste livro. (e que você precisa saber).


Olá amigos! No próximo dia 08 de fevereiro é o aniversário de Julio Verne. Muitos sites voltam a falar sobre ele nessa época e comemoram suas grandes obras. Mas eu vou citar hoje essa obra mão muito divulgada, que considero um clássico, que pode ser comparado à 20 mil léguas submarinas, quando se trata de futurologia científica, tão peculiar ao autor. Dentre os diversos "acertos" científicos da obra, você vai conhecer um personagem Francês que é um empresário aventureiro disposto a conquistar o espaço junto com o governo americano. Será que esse personagem possui algum "Elon" com os dias de hoje? Essas e outras previsões você confere nesta matéria e fica a dica desse ótimo livro. Vale a pena ler😉: Da Terra à Lua (no original em francês De la Terre à la Lune) é um romance de ficção científica do escritor francês Júlio Verne, publicado em 1865. Conta a saga do Gun Club (Clube do Canhão), uma organização americana especializada em armas de fogo, canhões e balística em geral, e da ideia de seus membros em construir um enorme canhão para arremessar um projétil de forma cilindro-cônica à Lua.(ATENÇÃO DAQUI PRÁ FRENTE TEM SPOILERS) Um aventureiro francês chamado Michel Ardan, de modos extravagantes, propõe que o projétil lançado seja tripulado e se apresenta como candidato a "astronauta". Depois desta surpreendente proposta, dois dos membros do "Gun Club" também embarcam nesta "loucura". Para que este empreendimento se realizasse, foram construídos um canhão, uma bala oca, e um telescópio, todos de dimensões impensáveis, a quantidade de pólvora usada também era de volumes impensáveis. Depois de disparada, a bala quando se aproximou da Lua, em vez de alunissar (pousar em solo lunar), entrou em órbita da própria lua. Os três passageiros apenas tinham mantimentos para 2 meses, ficando a saga em aberto. O futuro dos três astronautas, é descrito na obra Autour de la Lune, publicado quatro anos depois, ambos também são comercializados em um único livro. Em 1889, Verne lançaria uma nova sequência: Sans dessus dessous, onde os membros do Gun Glub tentam mudar a inclinação da Terra. Entre algumas coincidências notórias do livro com a exploração do espaço pelo homem, estão: descrição do módulo com três astronautas; O local de partida da nave em Tampa, nos EUA, apenas a 30 km de distância de onde realmente sairia a Apollo 11 cerca de cem anos depois;O nome de alguns astronautas, como Michel Ardan, é semelhante ao Michael de Michael Collins; e Ardan, ao do astronauta Edwin Aldrin). O livro tem para vender na Amazon nesse Link: https://amzn.to/3rmBgTF