domingo, 22 de novembro de 2020

O Homem concebe o desejo, razão, vício e virtude para se sobrepor aos Deuses e animais.


O texto amplo e bem profundo de Aristóteles demonstra e eterna luta do Homem entre equilibrar sua existência dentro de uma realidade evolutiva e sensível à supremacia de sua espécie. Se delimitarmos as perspectivas humanas à não existência e tão somente à satisfação dos prazeres, incondicionalmente, regrediríamos às ações primitivas e grotescas dos primórdios. Por isso, o Homem, detendo essa carga genética através dos tempos, reluta desde seus primórdios contra seus próprios instintos básicos e violentos, na busca de ordenar sua existência em algo que lhe permita sentir-se bem consigo mesmo e com sua coletividade, pois isso demonstra que existe progresso nas suas relações essenciais de vida e de perpetuação da sua própria espécie. Isso é instintual, pois, caso não o fosse, iria contrariar a premissa básica do Homem, que é sua existência, sobrevivência e reprodução. O desdobramento desses conflitos entre desejo e razão demanda as mais variadas concepções de compreensão do Homem para consigo mesmo. Livre arbítrio, Leis, Crenças, Psicanálise, Psicologia, Filosofia e uma infinidade de ciências e políticas existem para a formatação do Homem enquanto ser comportamental para se ajustar numa realidade que busca à uma evolução e existência perpetuadas, aliadas à sublimação de ideais e de vontades, transmitindo aos seus descendentes, conduzindo-os para uma existência pacífica, duradoura, digna e que possa exaltar concepção do Belo e do Sublime infinitamente em sua própria existência.