Para Descartes a idéia de razão nos levou a uma concepção nova da relação Homem e o mundo que o cerca sendo ao ponto de partida do seu Eu bizarro para o encontro de um Eu reflexivo, libertador e infinito: "A razão é capaz de evolução e progresso, e o homem é um ser perfectível. A perfectibilidade consiste em liberar‑se dos preconceitos religiosos, sociais e morais, em libertar‑se da superstição e do medo, graças ao conhecimento, às ciências, às artes e à moral; o aperfeiçoamento da razão se realiza pelo progresso das civilizações, que vão das mais atrasadas (também chamadas de “primitivas” ou “selvagens”) às mais adiantadas e perfeitas (as da Europa Ocidental); há diferença entre Natureza e civilização, isto é, a Natureza é o reino das relações necessárias de causa e efeito ou das leis naturais universais e imutáveis, enquanto a civilização é o reino da liberdade e da finalidade proposta pela vontade livre dos próprios homens, em seu aperfeiçoamento moral, técnico e político."
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